
Depois da hora do conto voltamos para sala de aula e cada aluno fez um desenho sobre a história.Retomamos falando sobre o índio, sobre a importância do índio na nossa cultura, e como é visto em nossa história e nos dias de hoje. Pretendo trabalhar o índio a semana inteira para mostrar aos alunos a importância do índio em nossa história e por ser um tema que todos devemos trabalhar legalmente, de acordo com:
Art. 1o
O art. 26-A da Lei no 9.394, da LEI Nº 11.645, DE 10/03/2008 e 20/12/1996, passa a vigorar com a seguinte redação:
Art. 26-A
Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena.
§ 1o O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil. § 2o Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras.
Independente de ser lei sempre trabalhei nestes 19 anos de sala de aula a cultura afro e indígena durante todo o ano letivo em sala de aula.
Depois de conversar com a turma montamos um índio, um aluno deitou (Leonardo) no chão sobre um papel pardo e a professora contornou o corpo, onde foi recortado em volta. Após cada aluno desenhou as partes do corpo do índio e colocou as penas e outros enfeites. Ficou um amor o nosso “Índio Cara Pálida” nome escolhido pela turma para o índio, coloquei pendurado no varal na sala de aula. Durante a atividade os alunos participaram de uma forma espontânea onde cada um queria contribuir
E segundo Freire (1996, p. 46),
“uma das tarefas mais importantes da prática educativo-crítica é propiciar as condições em que os educandos em suas relações uns com os outros e todos com o professor ou a professora ensaiam a experiência profunda de assumir-se. Assumir-se como ser social e histórico, como ser pensante, comunicante, transformador, criador, realizador de sonhos, capaz de ter raiva porque é capaz de amar”.
Outra atividade significativa foram as atividades com foto dos colegas da turma, onde tinham que pesquisar no mural da turma o nome do colega para escrever ou colocar a letra inicial. Também tinha uma atividade de número e quantidade envolvendo fotos dos colegas. Eles ficaram ansiosos para mostrar aos pais quando chegassem em casa.
O filme “Kiriku e a Feiticeira ”, infelizmente não foi possível passar aos alunos, pois o monitor da escola não conseguiu colocar o som, tentou de várias mas não teve jeito. Tive que mudar o planejamento onde retomei o tema “índio” e criamos um texto coletivo sobre o boneco. Este foi texto criado pela turma.

ÍNDIO CARA PÁLIDA
O ÍNDIO CARA PÁLIDA MORA NA FLORESTA.
ELE GOSTA DE DANÇAR, CAÇAR DE ARCO E FLECHA, PESCAR E CUIDAR DA NATUREZA.
ELE É MUITO LEGAL E ENGRAÇADO.
AUTORES: ALUNOS DA TURMA 113
Levarei o texto digitado para cada um colar no seu caderno na segunda-feira. Deixarei um texto também em tamanho maior para colocar no varal da sala de aula.
Como dizia Paulo Freire, “comunicar-se com os alunos é altamente positivo, contribuindo para a formação de cidadãos responsáveis e críticos”. Ainda:
Como educador, devo estar constantemente advertido com relação a este respeito que implica igualmente o que devo ter por mim mesmo. ...o respeito à autonomia e à dignidade de cada um é um imperativo ético e não um favor que podemos ou não conceder uns aos outros. (FREIRE,1996, p. 59).