31.10.10

Reflexão do 7º Semestre






O 7º semestre foram trabalhadas as interdisciplinas: Seminário Integrador VII, Educação de Jovens e Adultos no Brasil, Linguagem e Educação, Didática, Planejamento e Avaliação e Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS.


Neste semestre foi novamente onde consegui associar a prática com a teoria. Na interdisciplina de Educação de Jovens e Adultos, por exemplo, fizemos um trabalho de saída de campo onde deveríamos escolher a proposta que desejarmos, onde envolvia educandos, educadores, histórico do aluno ou pesquisa sobre a EJA na região. Eu e minha colega Aline escolhemos a proposta 2 (http://postereja.pbworks.com/Proposta-2#) que era entrevistar 5 educadores da EJA (http://postereja.pbworks.com/Entrevistas-Educadores-EJA) e fazer uma análise sobre a visão dos educadores sobre a EJA, para depois elaborarmos um pôster (http://postereja.pbworks.com/Poster). O trabalho foi muito rico, pois conseguimos visualizar como os educadores vêem os educandos jovens e adultos na questão da identidade, linguagem, compreensão do funcionamento cognitivo em diferentes grupos culturais e elementos fundamentais para o trabalho bem-sucedido na EJA. (http://inestyska.blogspot.com/2009/09/eja.html).


O resultado do trabalho mostra que o educador está preocupado com o aluno, querendo propor atividades que sejam atrativas para os alunos. A maioria dos professores respondeu sobre a questão: Quais são os elementos fundamentais para o trabalho bem-sucedido na EJA?


“Que o professor parta do conhecimento do aluno, para com isso, possibilitar um crescimento cognitivo(trazendo elementos, experiências da realidade do aluno e sua comunidade para, depois, exceder a outros elementos-diferentes àqueles experimentados pelos alunos-que possibilitem o crescimento e o progresso cognitivo do aluno). Mudança no objetivo geral da EJA para o seu novo público (mais jovens, menos adultos). Uma mudança pedagógica e estrutural curricular nos cursos da EJA e uma adaptação escolar que mude o ambiente e o torne mais atrativo à permanência dos alunos (cafés, eventos comunitários,iluminação, festa, etc.)



Na interdisciplina de Linguagem e Educação, aprendemos que o letramento inicia-se muito antes da alfabetização, ou seja, quando uma pessoa começa a interagir socialmente com as práticas de letramento no seu mundo social.


Nesse sentido, um indivíduo pode ser letrado, mas não alfabetizado. Por exemplo, um adulto mesmo não sabendo ler e escrever pode pedir a alguém que escreva por ele, dita uma carta, pede a alguém que leia para ele a carta que recebeu, ou uma notícia de jornal, ou uma placa na rua, ou a indicação do roteiro de um ônibus etc. Essa pessoa não sabe escrever e não sabe ler, mas já conhece as funções da escrita e da leitura, lançando mão do alfabetizado. E a escola, uma das principais agências de letramento, muitas vezes não preocupa-se com o letramento, prática social, mas com apenas um tipo de prática de letramento, a alfabetização, o processo de aquisição de códigos (alfabético, numérico). O principal papel da escola não é mais o de mera transmissão de informações. Hoje, exige-se que ela desenvolva nos alunos a capacidade de aprender a aprender (pensar), o que subentende bom domínio da leitura e da escrita ( http://inestyska.blogspot.com/2009/10/praticas-de-leitura-escrita-e-oralidade.html.) Tal construção se dá pela participação do professor, criação de espaços coletivos para a ação comum, pela utilização de multiplicidade de linguagens e de novos códigos.


Na interdisciplina de Didática estudamos sobre o planejamento, para que? e como? Sempre gostei muito de didática e voltar a refletir sobre assuntos que fazem parte de nosso cotidiano como o planejamento foi maravilhoso. É preciso trabalhar com referências e para tanto precisamos ter em mente três questões básicas: o que queremos alcançar? A que distância estamos daquilo que queremos alcançar? O que faremos concretamente (em tal prazo) para diminuir esta distância? É como Danilo Gandin conclui:


Planejamento é elaborar - decidir que tipo de sociedade e de homem se quer e que tipo de ação educacional é necessária para isso; verificar a que distância se está deste tipo de ação e até que ponto se está contribuindo para o resultado final que se pretende; propor uma série orgânica de ações para diminuir esta distância e para contribuir mais para o resultado final estabelecido; executar - agir em conformidade com o que foi proposto e avaliar – revisar sempre cada um desses momentos e cada uma das ações, bem como cada um dos documentos deles derivados (Gandin, 1985, p.22).


Os temas geradores também fizeram parte da interdisciplina (http://inestyska.blogspot.com/2009/11/temas-geradores.html), onde o professor leva os alunos a pensarem, refletirem e aprenderem, tendo assim mais autonomia para encontrar as respostas ou a confirmação para suas perguntas e hipóteses e na busca de novos conhecimentos.


Na interdisciplina de LIBRAS falou sobre a valorização da língua de sinais, (http://inestyska.blogspot.com/search/label/LIBRAS), onde aprendi que os surdos possuem uma linguagem própria, símbolos e signos próprios, portanto é inevitável que se tenha uma educação que leve esses aspectos em consideração, nesse momento podemos questionar se o ideal é que se tenha que adaptar os surdos ao modelo dito como “normal”, talvez estejam os surdos sendo “podados” de suas características quando tenta-se de forma equivocadamente evolucionista dizer que os mesmos estão num estágio de inferioridade, tendo que adaptar-se ao modelo dominante. É fundamental que se tenha no processo de ensino-aprendizagem dos surdos a compreensão dessa cultura própria e o comprometimento com esse desejo quase coletivo dos surdos de não serem apontados como deficientes, mas respeitados através de sua contribuição cultural e social.


Refletindo sobre a inclusão, vejo que é um avanço importante em nossa educação, mas ao mesmo tempo vemos que a escola não está pronta para isso. Temos hoje salas cheias, poucos recursos, professores despreparados e alunos “incluídos” fora do contexto esperado, não proporcionando assim, uma educação de qualidade que tanto sonhamos.

23.10.10

Reflexão do 6º semestre




No 6º semestre, além do Seminário Integrador VI, tivemos as interdisciplinas Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais, Filosofia da Educação, Questões Ético-raciais na Educação, História e Sociologia e Desenvolvimento e Aprendizagem sob o enfoque da Psicologia II.

Em Seminário Integrador VI analisamos projetos de aprendizagem (http://inestyska.blogspot.com/2009/04/este-feriadao-foi-muito-bom-para.html) e elaboramos outro projeto de aprendizagem com o enfoque “Chá: remédio ou mito?” (http://projetodeaprendizagem2009grupo5.pbworks.com/), o que deu mais segurança para realizar com nossos alunos.

Com a interdisciplina Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais, aprendi como é importante adequar e adaptar o currículo às necessidades educativas dos alunos. Que mesmo os alunos com necessidades educacionais especiais precisam ser desafiados. Reconheço que antes limitava minha aluna do SEJA (que tem paralisia Cerebral), pois não a desafiá-la, não valorizava o seu jeito de fazer e de aumentar suas capacidades de ação e interação a partir de suas habilidades.

Com certeza envolvendo os alunos ativamente, desafiando-os a experimentar e conhecer, permitindo que construam individual e coletivamente novos conhecimentos. É retirar dos alunos o papel de espectadores e atribuir-lhe a função de atores. Com a atividade “Estudo de Caso” (http://inestyska.blogspot.com/2009/05/estudo-de-caso.html) podemos ver tudo isso.

Na interdisciplina de Desenvolvimento e Aprendizagem sob o enfoque da Psicologia II vimos as Teorias de aprendizagem e as características da vida adulta (centrada no adulto professor). Refletimos sobre as relações do professor com seus alunos no processo de constituição do sujeito professor.

Já na interdisciplina de Questões Étnicos Raciais utilizei algumas atividades com meus alunos, como construir um mosaico étnico onde falamos muito sobre cultura, origem, raça e esta minha aluna com paralisia (estudo de caso) falou um pouco de sua família mostrando o quanto a diversidade compõe nossas turmas. Ela como não pode recortar e colar contribuiu dando sugestões de como montar o mosaico.

Já na interdisciplina de Filosofia da Educação, através das leituras e atividades percebi a importância do argumentar, de questionar e de fazer meus alunos construírem seu conhecimento através da pesquisa, da busca e do prazer de aprender.

http://inestyska.blogspot.com/2009/04/trabalho-de-filosofia.html

O 6º semestre trabalhou muitos conceitos, alguns como identidade, inclusão,convivência, princípios morais, diversidade e cooperação, me fazendo refletir sobre minha prática em sala de aula.

Reflexão do 5º Semestre



Neste semestre as interdisciplinas Seminário Integrador V e Projeto Pedagógico em Ação foram intensas, pois colocamos em prática a elaboração e execução dos Projetos de Aprendizagem.


O PA foi elaborado em grupos, onde tínhamos, a partir da escolha de uma pergunta, construir nosso projeto. Nosso grupo partiu da pergunta “Por que a música infuencia o comportamento das pessoas?”


Trabalhamos muito e vimos o quanto é importante essa construção, pois tínhamos que pesquisar, discutir e buscar o conhecimento.


Pode ser verificado nesta postagem que fiz em 21.09.2008:


( http://inestyska.blogspot.com/2008/09/msica.html)



O PA está sendo muito gratificante, pois a música faz parte da minha vida. Adoro deitar, cozinhar, digitar, trabalhar, namorar, enfim, em qualquer momento do dia ouvindo música.


A música me acalma, transmite coisas boas. Pensando minha vida vejo que tenho uma música para cada momento como todas as pessoas.”



Durante a organização e leituras sobre o Projeto de Aprendizagem, nunca tinha pensado na música como algo mais complexo, além de ser marcante em vários momentos de nossa vida, mas depois de algumas leituras vejo a música como algo bem mais profundo. Como diz Mauro Muszat:


A música interfere na plasticidade cerebral, favorece conexões entre neurônios na parte frontal do cérebro (relacionada a processos de memorização e atenção) e estimula comunicação entre os lados do cérebro, o que pode explicar sua relação com raciocínio e matemática. Somos essencialmente musicais: no ritmo de andar, nos batimentos cardíacos e na fala - que é a música das palavras.


A música mexe com todo nosso cérebro e que não há uma parte única envolvida. As emoções com certeza são as mais afetadas, pois mexem com lembranças, sentimentos e com o nosso interior.


A construção de mapas conceituais também foram mais evidenciados neste semestre. Tivemos que elaborar mapas individuais e coletivos no projeto de aprendizagem. Um destes mapas pode ser conferido na postagem: http://inestyska.blogspot.com/2008/11/mapa-coneitual.html


A interdisciplina Psicologia da Vida Adulta foi gratificante, pois eu trabalhava com alunos adultos à noite e contribuíram para melhor entender alguns comportamentos e situações. O que pode ser verificado na postagem:


http://inestyska.blogspot.com/2008/11/psicologia-da-vida-adulta.html


As outras interdisciplinas como Organização e Gestão da Educação e Organização da Escola também contribuíram para nos fazer refletir sobre questões de ordem administrativa, financeira e pedagógica que tornam concreto o exercício da autonomia escolar. Onde precisamos ser também um participante ativo no processo de construção e consolidação do princípio da gestão democrática na escola em que atuamos.


As postagens que relataram sobre a contribuição destas interdisciplinas estão aqui:


http://inestyska.blogspot.com/2008/11/organizao-da-escola.html


http://inestyska.blogspot.com/2008/11/organizao-e-gesto-da-educao.html


13.10.10

Reflexão do 4º Semestre






A interdisciplina Seminário Integrador IV foi com certeza a mais marcante no 4º semestre. Com ela iniciamos os estudos com o PA na prática e refletimos até quando desafiamos nossos alunos ao invés do professor trazer as perguntas prontas incentivar os alunos a perguntarem. Nossa primeira atividade era fazer os alunos perguntarem o que gostariam de aprender.


Nunca tinha pensado nesta forma de planejar. Apliquei em sala de aula e o resultado foi muito bom. Só acredito se a escola tivesse o laboratório de informática o resultado teria sido ainda melhor.


Aprendi que posso incentivar ainda mais os meus alunos a participarem das aulas buscando, pesquisando e construindo. A aprendizagem com certeza será mais significativa e gratificante ao professor.


As outras interdisciplinas do semestre: Representação do mundo pela Matemática, pela Ciências e Estudos Sociais foram boas mas não acrescentaram tanto como o seminário.


A Matemática eu estava ansiosa para começar, mas para mim foi frustrante, foram trabalhos demais (mais de 20) e pouca teoria.


Em Ciências e Estudos Sociais foram mais positivos pois tiveram um pouco de cada um (teoria e prática).


Este semestre foi marcado para mim como inovação, que o professor precisa sair da acomodação e não ter medo do novo. Não deve também ter receio de deixar seu aluno perguntar e que podem encontrar a resposta juntos, pois isso é aprendizagem.


Postagem realizada no dia 17/10/2010 - Aproveitei o rascunho que tinha iniciado no dia 13 ( que aliás achei que tinha excluído pois não havia salvo).

9.10.10

Reflexão do 3º semestre





O terceiro semestre foi cheio de novidades, cheio de arte, música, teatro literatura, ludicidade e cooperação. Foi um semestre onde houve muita pesquisa, entrevista, trabalhos em grupo, portfólio, inventários entre outros.


E com certeza o semestre onde ficou mais evidenciado a teoria e prática em nossas salas de aula.


O Seminário Integrador III iniciou com a proposta de participarmos de um texto coletivo, onde a cooperação no grupo deveria ser evidenciada, como foi descrito na página do texto coletivo:

“O processo de escrever juntos é muito complexo e exige, dos co-autores, um constante ir e vir. É preciso que os participantes deste processo cooperativo se coloquem ora como autores, ora como leitores da obra dos demais”.


Realmente foi uma atividade que tínhamos que usar nossa criatividade e cooperação para dar continuidade a ideia do colega. E para cooperar tínhamos que dar sequência ao que já estava escrito, introduzindo novos personagens buscando sempre uma sintonia (sem excesso e nem cortes bruscos no enredo), podíamos modificar os rumos da história, desde que fosse uma mudança coerente.


A atividade foi realmente muito instigante, que usei com minha turma na época. O resultado foi muito bom também.


A interdisciplina Teatro e Educação foi muito interessante, onde aprendemos que podemos utilizar o teatro aliado à educação, oportunizando-se assim aos educandos um conhecimento diversificado e lúdico. Existindo um clima de liberdade o aluno libera as suas potencialidades, expressando seus sentimentos, emoções, aflições e sensações, pois é um meio de expressão para o aluno. Quando o educando interpreta um personagem ou dramatiza uma situação, revela uma parte de si mesmo, mostrando como sente, pensa e vê o mundo. Nunca havia utilizado o teatro em minha prática educativa, mas a partir desta disciplina consegui perceber a importância da expressão para o aluno e agora utilizo com mais freqüência.


O mesmo aconteceu com a interdisciplina de Música, só que com uma diferença. Eu utilizava música nas minhas aulas, mas muito pouco. Tinha vergonha de cantar (devido a minha voz) e por isso utilizava somente músicas conhecidas, assim minha voz aparecia pouco.


Continuo não gostando da minha voz, mas tento improvisar utilizando CDs e aprendendo músicas com minhas colegas pois a música nos acompanha marcando em todos os momentos de nossa vida e é uma forma prazerosa de expressar-se.


Em Artes Visuais estudamos as releituras de obras e que utilizo sempre em meus planejamentos.


Outras interdisciplinas que acrescentaram em minha prática educativa foram Ludicidade e Literatura. Com a ludicidade aprendemos que brincar é aprender também e com a literatura aprendi que posso envolver os alunos na contação de histórias o que pode ser conferido nesta minha postagem que postei sobre um trabalho em grupo:

Esta atividade foi enriquecedora, pois vimos que podemos contar uma história de uma forma criativa, interessante e que o aluno participe. Refleti que posso crescer muito mais na hora de contar uma história, aprendemos com cada grupo que apresentava. Colocamos em prática todas as leituras feitas até agora”.


Concluindo, acredito que este semestre foi um dos que mais utilizamos a teoria com a prática e com certeza a interdisciplinaridade ficou mais evidenciada.