Temas Geradores

Após as leituras, percebi o quanto Paulo freire lutou por uma educação de qualidade, onde acreditava que o maior objetivo da educação é a conscientização do aluno.
Paulo Freire defendia que ensinar vai além de transmitir “saber”, porque para ele a missão do professor era possibilitar a criação ou a produção de conhecimento. E realmente é isto que acontece, pois o aluno traz sua cultura (independente de ser alfabetizado ou não) e não podemos dizer que esta é melhor ou pior do que a do professor, porque ambos aprendem, há uma troca mútua.
Como Frei Betto comenta no texto “Paulo Freire diz não existe ninguém mais culto do que o outro, existem culturas paralelas, distintas, que se complementam na vida social”
Na pedagogia Paulo Freire vemos que educar é um ato de conhecimento da realidade concreta, das situações vividas, um processo de aproximação crítica da própria realidade: compreender, refletir, criticar e agir são as ações pedagógicas pretendidas.
Freire acreditava que não há nenhum sentido os educandos aprenderem a decodificar as sílabas de uma palavra sem compreender seu sentido, social e político. Portanto, era preciso criar um “universo vocabular” com que fossem geradores de discussão sobre a realidade vivida.
Temos, então, o tema gerador, que é o ponto de partida para o processo de construção da descoberta.
Os temas geradores partem do interesse do aluno, não distanciando-se ou separando-se de sua realidade, pelo contrário tem um significado na vida do educando.Os temas geradores só são geradores de ação-reflexão-ação se forem carregados de conteúdos sociais e políticos com significado concreto para a vida dos educandos.
O trabalho com temas geradores possibilitam um maior desenvolvimento dos alunos no processo ensino-aprendizagem, pois os educandos buscam e acabam exigindo mais conhecimentos indo além do planejamento previamente estabelecido. Desta forma o professor leva os alunos a pensarem, refletirem e aprenderem, tendo assim mais autonomia para encontrar as respostas ou a confirmação para suas perguntas e hipóteses e na busca de novos conhecimentos.

Pedagogia de Projetos

No trabalho através de projetos, podemos destacar muitos aspectos positivos, um deles é que a aprendizagem baseia-se na significatividade, isto é, tudo parte do interesse dos alunos, do que tem significado para ele. Este trabalho possibilita que os alunos exerçam a sua criatividade, independência e que saibam buscar caminhos e soluções.
A descoberta e a autonomia são o ponto chave, onde o aluno parte daquilo que lhe interessa, e aprende da experiência do que descobre por si mesmo.
O trabalho por projetos inicia com a escolha do tema, depois juntamente com o professor definem “o que sabem” e “o que querem saber sobre o tema”. Outro ponto positivo é que o aluno precisa investigar e construir hipóteses, onde poderá confirmá-las ou não, contribuindo com ideias, sugestões, desde a valorização da sua presença e participação no grupo até o momento em que avaliam o processo.

Atividade 2 de Libras

A atividade 2 de Libras foi muito interessante, pois tínhamos que assistir o filme "E meu nome é Jonas" e depois responder:

Quais as dificuldades e desafios que Jonas viveu na família, na escola e na sociedade? Será que essa história seria diferente nos dias de hoje?

O filme conta a história de um menino, o Jonas, que era considerado retardado e ficou vários anos com este diagnóstico sem que seus pais e médicos constassem que seu único problema era a surdez. O filme mostra as injustiças que muitas vezes os surdos são acometidos, a falta de informação sobre ser surdo faz com que os confundam com outras deficiências.
A família de Jonas não conseguia lidar com sua “diferença”, queriam que ele agisse normalmente, mesmo sendo surdo. O pai não conseguiu lidar com a deficiência do filho e foi embora. A mãe mesmo não sabendo como lidar não desistiu de ajudar o filho, procurando outras formas de ajuda.
A primeira escola que Jonas freqüentou não aceitava a língua de sinais, considerando somente a leitura labial como única forma de comunicação. Após muita luta da mãe, conseguiu chegar ao grupo que desenvolvia a linguagem de sinais e enfim até a nova escola onde puderam interagir.
Nos dias de hoje acredito que ainda pode acontecer histórias como de Jonas, pois ainda encontramos escolas despreparadas e pais que têm dificuldade de lidar e aceitar as deficiências dos filhos.
O acesso a língua de sinais, em minha opinião, também deveria fazer parte do currículo, pois é essencial na vida das pessoas com surdez e das que não são também, para haver um interagir entre ambos. O meu marido está fazendo na faculdade (PUC) a disciplina de LIBRAS também e só dele mostrar os sinais e alfabeto meu filho de dez anos já sabe falar por sinais várias palavras.

Práticas de Leitura, Escrita e Oralidade no Contexto Social

A partir das leituras realizadas percebi o quanto é importante o “real” e o “imaginado” para o desenvolvimento cognitivo e afetivo das crianças, pois é onde está sendo construído o seu discurso narrativo. Quanto mais incentivarmos com contação de histórias e de relatos de experiências nos grupos mais a criança vai familiarizar-se com os aspectos estruturais da narrativa, contextualizando assim as situações.
Através da linguagem a criança organiza o pensamento e a narrativa é a que estimula a atividade mental.
O professor ou a família devem não somente escutar, mas incentivar a criança a criar mais, a expressar-se melhor. Deixando a criança misturar realidade e ficção para mais tarde poder separá-las.
Com certeza se esta etapa for bem trabalhada e incentivada a criança crescerá, sem dificuldades para criar histórias. Vejo pelo meu filho que hoje tem 10 anos, o meu marido sempre contava histórias para ele antes de dormir ou durante o dia. Ele depois passou a inventar histórias para nós e para os amiguinhos menores e hoje escreve lindas histórias recheadas de imaginação e criatividade.

Não se sabe quando as línguas de sinais foram criadas, mas sua origem remonta possivelmente à mesma época ou a épocas anteriores àquelas em que foram sendo desenvolvidas as línguas orais. Uma pista interessante para esta possibilidade das línguas de sinais terem se desenvolvido primeiro que as línguas orais é o fato que o bebê humano desenvolve a coordenação motora dos membros antes de se tornar capaz de coordenar o aparelho fonoarticulatório. As línguas de sinais são criações espontâneas do ser humano e se aprimoram exatamente da mesma forma que as línguas orais. Nenhuma língua é superior ou inferior a outra, cada língua se desenvolve e expande na medida da necessidade de seus usuários.
Também é comum aos ouvintes pressupor que as línguas de sinais sejam versões sinalizadas das línguas orais; por exemplo, muitos acreditam que a LIBRAS é a versão sinalizada do português; que a Língua Americana de Sinais é a versão sinalizada do inglês; que a Língua Japonesa de Sinais é a versão sinalizada do japonês; e assim por diante. No entanto, embora haja semelhanças ou aspectos comum entre as línguas de sinais, e entre as línguas de sinais e as orais, os chamados “universais linguísticos”, as línguas de sinais são autónomas, possuindo peculiaridades que as distinguem umas das outras e das línguas orais.
A língua de sinais é tão natural e tão complexa quanto as línguas orais, dispondo de recursos expressivos suficientes para permitir aos seus usuários expressar-se sobre qualquer assunto, em qualquer situação, domínio do conhecimento e esfera de atividade. Mais importante, ainda: é uma língua adaptada à capacidade de expressão dos surdos.
LS é a abreviação de Língua de Sinais.

Fonte: Wikipédia

Linguagem dos Sinais

Pesquisando vi que não é correto dizer que alguém é surdo-mudo, pois muitas pessoas surdas não falam porque não aprenderam a falar. Muitas fazem a leitura labial, e podem fazer muitos sons com a garganta, ao rir, e mesmo ao gestualizar. Além disso, sua comunicação envolve todo o seu espaço, através da expressão facial-corporal, ou seja o uso da face, mãos, e braços, visto que, a forma de expressão visual-espacial é sobretudo importante em sua língua natural.

Para conversar com uma pessoa surda é preciso falar de maneira clara, pronunciando bem as palavras, falar diretamente com a pessoa, não de lado ou atrás dela, fazer com que a boca esteja bem visível. Nem sempre a pessoa surda tem uma boa dicção. Se houver dificuldade em compreender o que ela diz, pedir para que repita.

Que relações entre educação e trabalho são propostas pelas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação de Jovens e Adultos

As Diretrizes buscam através da inserção no sistema educacional reparar distorções de oportunidades, dessa forma uma inserção no mercado de trabalho, reparação que pode ser tardia, mas necessária.
A EJA propõe que o aluno ocupe o tempo disponível com uma qualificação pessoal mais aprimorada visando inserção e qualificação no mercado de trabalho.
Outra característica importante é o de priorizar as aulas no turno da noite, sendo que seu público encaixa-se num perfil de aluno trabalhador que tem sua carga horária do dia comprometida.
Em diversos artigos da LDB notamos o entendimento de que a inserção das experiências profissionais dos alunos na educação é fundamental, bem como uma constante oferta de cursos de alfabetização e complementação escolar buscando uma melhora nas condições de existência dos alunos.
Portanto as práticas pedagógicas devem levar em consideração essa vivência do trabalho, tal como diz o art. 41 da LDB, que reconhece a experiência do trabalho como relevante, podendo ser até objeto de avaliação do aluno.
Da mesma forma os cursos de formação de professores devem levar em conta essa realidade na formação de docentes que incentivem essa educação e suas peculiaridades.

Reflexão: "Eu estou fazendo a diferença?"

Lendo o comentário da professora Bea, fez-me pensar que realmente o discurso é antigo que a escola precisa mudar, modernizar, respeitar o tempo do aluno. Que a escola deve fazer os alunos pesquisarem e construirem seu conhecimento. Mas e eu, faço alguma coisa para mudar? Estou fazendo meus alunos pesquisarem e procurarem a resposta? Ou estou dando tudo pronto?

Acredito que estou no caminho certo, tento preparar aulas que despertem o interesse do meu aluno, que os façam pensar, mas será que é o suficiente? Será que não posso despertar ainda mais o interesse dos meus alunos? Ou estou fazendo apenas "furinhos" como a professora Bea comentou.

Acho que nós professores, às vezes, nos acomodamos e arranjamos desculpas para mudar, para inovar e perceber que para termos uma educação de qualidade precisamos "arriscar", ou melhor, precisamos não ter medo do novo. Precisamos fazer nossos alunos irem atrás das respostas e construir conceitos com a prática e experiência.

Como já citei em outra postagem esta frase do texto das professoras Bea e Íris : "Só buscamos respostas quando temos uma pergunta, só procuramos alguma coisa quando sentimos necessidade e temos uma ideia acerca do que queremos".

EJA

Que relação existe entre educação e trabalho quando se pensa sobre os espaços da EJA?

A relação entre educação e trabalho na EJA deve promover uma relação em ter os mesmos, trabalho e educação não devem ser tratados como conceitos diferentes, mas complementares, sendo que as experiências adquiridas por cada um sirva de subsídio para uma qualificação na outra.
Uma qualificação profissional deve ser acompanhada de uma qualificação como cidadão. Melhores condições profissionais devem ser acompanhadas por uma luta em busca da diminuição das desigualdades nos diversos segmentos de nossa sociedade.
A EJA deve levar isso em consideração, que seu público é diferenciado, é alguém que busca algo de forma mais urgente, luta por objetivos semelhantes dos alunos de Ensino Médio, porém “para hoje”, já é um cidadão atuante que por diversos motivos interrompeu sua vida escolar, sua necessidade não é ser moldado, ,mas respeitado em sua realidade e disposto a qualificar-se para tentar mudá-la onde se sinta desvalorizado.

Comênio, o Pai da Didática

Gostei muito dos textos da Interdisciplina de Didática sobre Comênio, fiquei encantada com sua vida. Mesmo no século XVII tinha ideias inovadoras(para a época) sobre educação como: valorização do aluno, que a aprendizagem deve partir da experiência dos alunos e não de conceitos abstratos, uma boa relação professor-aluno como o ponto de partida para a aprendizagem, uma educação igualitária e aulas planejadas e motivadoras(tudo o que estudamos e queremos na educação hoje).

Comênio aponta como necessária a constante busca do desenvolvimento do indivíduo e do grupo, pois um melhor conhecimento de si mesmo e uma melhor capacidade de autocrítica levam a uma melhor vida social, assim como deve haver a solidez moral que pode ser conseguida por meio da educação. Para ele, didática é ao mesmo tempo processo e tratado. É tanto o ato de ensinar como a arte de ensinar.

E nos dias ainda vemos professores que ainda não se desprenderam de velhos conceitos, tendo medo de mudar e de se reciclar.

Dúvidas e Certezas

"Saber que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção"

Paulo Freire

A partir das leituras realizadas percebi a importância dos Projetos de Aprendizagem na escola. Partir do conhecimento prévio dos alunos, fazendo-os buscar a resposta que comprovem esta certeza, realmente os fazem construir o conhecimento.

E como as professoras Íris e Bea falam no texto lido, "Só buscamos respostas quando temos uma pergunta, só procuramos alguma coisa quando sentimos necessidade e temos uma ideia acerca do que queremos", temos que despertar a curiosidade e fazer o aluno buscar, indagar, perguntar, elaborar, transformar, construindo assim o seu conhecimento.

Na nossa primeira aula presencial do Seminário Integrador VII, podemos ver bem isso. Em nosso grupo G1d usamos nosso conhecimento prévio e começamos a investigar sobre o perfil do dono do lixo, a cada evidência íamos imaginando o perfil da pessoa: é do sexo feminino, preocupa-se com a beleza, viaja muito, possui um cachorro, tudo a partir do que encontramos em seu lixo e do nosso conhecimento prévio. Pesquisamos alguns itens na internet, só não pesquisamos o remédio para reposição hormonal, por acreditarmos ser pílula anticoncepcional, o que mudou a faixa etária da dona do lixo. Realmente achei a embalagem diferente, mas como já havia usado pílula com 28 comprimidos concordei. Houve um desequilíbrio naquilo que acreditávamos ser certeza e foi muito bom, pois percebemos que devemos ser mais criteriosos e comprovar sempre nossas "certezas".

Como disse Paulo Freire : "Sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca, não aprendo nem ensino"."A educação necessita tanto de formação técnica e científica como de sonhos e utopias".

7º semestre

Na quarta-feira, dia 26 de agosto, iniciamos o sétimo semestre, já estamos chegando na reta final do curso, parece que foi ontem que iniciamos com um friozinho na barriga, rsrs

Nossa primeira aula foi maravilhosa, conhecemos a professora Darlize Mello da interdisciplina de Linguagem e Educação. Adorei muito a aula, pois deu para perceber o conhecimento e organização da professora, aliás, já a conhecia de um curso que fiz há uns 2 ou 3 anos atrás na UFRGS "Múltiplas Alfabetizações e Alfabetismos", coordenado pela professora Iole Faviero Trindade. Foi sem dúvida um dos melhores cursos que já participei e agora vou ter uma interdisciplina coordenado pela mesma equipe, já fiquei empolgada.

E tivemos também um verdadeiro trabalho de equipe, ou melhor de investigação na interdisciplina "Seminário Integrador VII" com as professoras Íris e Bea. Como sempre uma aula que nos envolve e nos faz pensar, argumentar e pensar.

Com certeza este semestre será intenso e cheio de pesquisa!

Adorno e Kant

Atividade: Comparação dos textos de Adorno e Kant
1ª etapa

As perguntas enviadas para a colega Izolete Lazaroto são as seguintes:

1) Que características devem ter uma educação que ao mesmo tempo contemple a necessidade do ser humano ser moldado segundo Kant, e não caia no erro apontado por Adorno de uma imposição do coletivo sobre o indivíduo?



2) A autoridade se apresentou nos dois textos estudados, como fazer com que ela traga mais benefícios e não se torne repressiva segundo os autores?

Desculpe a falta de postagens no blog e no Projeto de Aprendizagem, é que estou com um familiar hospitalizado e atrapalhei-me com as atividades. Vou tentar colocar o mais rápido possível as atividades em dia.

Obrigada pela atenção!!!

Educação após Auschwitz

Com base na leitura do texto “Educação após Auschwitz”, de Theodor W. Adorno, e levando em consideração a sua experiência docente no cotidiano escolar, desenvolva argumentos sobre a relação entre educação, civilização e barbárie.

Adorno pauta esse texto em sua constante discussão na relação que se dá entre sujeito x objeto. Segundo ele durante sua obra não deve haver essa separação, seja de um lado o Positivismo dando ênfase à ação do objeto sobre o sujeito, mesma crítica aos que separam os dois dando ênfase ao sujeito, para Adorno ambos são o mesmo, o homem estuda um objeto (sociedade) do qual ele mesmo faz parte, o homem é um ser inacabado, molda-se através da compreensão de sua realidade e a capacidade de modificá-la.
O texto de Adorno nos leva à discussão e crítica a todo e qualquer modelo de educação que produza a padronização entre as pessoas.
Nosso dia-a-dia escolar está recheado de incentivos em moldar nossos alunos de forma coletiva, desde planos de estudos padronizados e pouco flexíveis, bem como as regras de manutenção do ambiente escolar que exercem uma constante coerção no comportamento coletivo, contribuindo na maioria das vezes para que o aluno não se sinta parte integrante da escola.
Outro fator importante a ser discutido é em relação às avaliações escolares inseridos em um sistema que privilegia o bom desempenho, a nota atingida, destaca-se aquele que é tido como o melhor, fruto da sociedade capitalista em que vivemos.
Com essa tendência de coletividade, de predomínio do social sobre o individual, as pessoas cada vez mais se vêem obrigadas a abrir mão de características e aptidões pessoais, seja para identificar-se com seu grupo social buscando destaque ou mesmo pela coerção do mesmo, criando um círculo vicioso de dominação e moldagem sobre um grupo de indivíduos sem autonomia.
A função do professor em linhas gerais deve ser a de não procurar o “melhor aluno”, de forçar a todos de forma coletiva, mas sim de trabalhar de forma a valorizar e explorar as diferentes características e aptidões e fortalecer o senso crítico de forma a auxiliá-los a entender as distorções do modelo sócio-econômico estabelecido, e visando a capacidade de transformação atuando como um verdadeiro intelectual transformador[1]. Esse trabalho deve ser feito em conjunto com uma escola que propicie um ambiente crítico, de respeito à diversidade aberto aos alunos e sua comunidade como uma instituição aberta às discussões, não exercendo uma função de julgar, mas agir como mediadora dessa discussão solidária.

[1] Termo utilizado por Henry Giroux na obra “Os professores como intelectuais” Artmed – 1997.

Estudo de Caso

A atividade consiste na realização de uma pesquisa (do tipo estudo de caso), com um sujeito com necessidades educacionais especiais de sua escolha. Este sujeito pode ser um aluno seu, um aluno da sua escola ou de outra instituição. A pesquisa será realizada através de registro escrito em forma de relato (relatório narrativo).

Dados de identificação

Nome do aluno: R.S.G

Sexo: Feminino

Diagnóstico:Possui Paralisia Cerebral Epástica

Idade: 22 anos

Série: T3 ( equivale a 3ª e 4ª série do Ensino Fundamental)

Situação Escolar: A aluna iniciou suas atividades na escola com 8 anos no CEREPAL, mas não adaptou-se e parou de frequentar. Estudava somente em casa, onde a avó a ensinou a ler e escrever. Com 20 anos decidiu voltar a estudar , e iniciou na SEJA à noite. É uma aluna esforçada, lê, escreve, interpreta a maioria das vezes . Para escrever possui certa dificuldade, pois consegue utilizar somente uma mão e com certa limitação e a outra não tem movimento. Muitas vezes sendo difícil compreender sua grafia. Realiza cálculos com as 4 operações, no início tinha muita insegurança, mas agora está bem mais confiante. Minha relação com ela é ótima, me considera uma amiga. Liga para desejar feliz dia das mães, dia da professora, ...

Situação Familiar: A aluna vive com os avós paternos, tia e primos em Alvorada. A mãe ela não comenta, mas fiquei sabendo que está internada com problemas neurológicos e o pai tem outra família, não a visita. Ela reclama muito da ausência do pai. A avó é doente, mas está sempre presente na vida da aluna.

A aluna é muito interessada, pergunta quando não sabe, adora que a professora sente ao lado para ajudá-la e para bater papo mesmo. Gosta de pedir conselhos, é uma "menina" bem popular, está sempre rodeada por colegas até de outra turma. Seu sonho é ser encaminhada para AACD para fazer um acompanhamento e quem sabe melhorar seus movimentos motores.

Filme "Clube do Imperador"

Adorei o filme onde pude observar alguns momentos em que o professor Hundert fica frente a frente com alguns conflitos de moral.
A passagem do filme que mais chamou atenção ocorreu durante a final do concurso Júlio César, onde percebe que seu aluno na agia da forma mais correta, ou seja, procurava burlar o concurso, tendo com ele as respostas das diversas perguntas previamente passadas a ele.
O referido professor vê-se frente a frente com o seguinte conflito: ignorar a situação, indo de encontro com os interesses financeiras da escola e seu diretor, tendo próximo a ele um senador pai do aluno infrator, ou seguir os princípios de moral e honestidade os quais procurava manter em sua vida.
No momento do concurso professor Hundert depara-se com princípios como honestidade, ética e justiça e tem que tomar a decisão em silêncio, pois muito daquele momento era fruto de uma decisão anterior onde o mesmo não havia agido de maneira correta segundo seus próprios princípios mudando as notas do aluno beneficiando-o ao mesmo tempo em que prejudicava a outro. Mesmo que sua decisão tenha sido tomada com o intuito de incentivar o referido aluno a crescer, não se preocupou o suficiente em imaginar que conseqüências poderiam trazer futuramente para os alunos e para sua própria consciência.
Acredito que não foi correta a postura do professor, resultado disso aparece no final do filme, onde sua ação anterior pode ter contribuído de forma decisiva na formação do caráter do aluno, talvez aquele momento de dificuldade anterior pudesse ser utilizada não como uma barreia em seu desenvolvimento mas um obstáculo a ser ultrapassado podendo contribuir diretamente no amadurecimento do aluno, o que talvez tenha acontecido com o aluno que foi retirado da final do concurso, apresentando-se um cidadão mais correto moral e eticamente.

Estágios do Desenvolvimento - Piaget

A criança, à medida que vai crescendo, vai se adequando à realidade e superando de modo cada vez mais eficaz, as múltiplas situações com que se confronta.
Piaget vê a criança como sujeito que cria e recria o seu próprio modelo de realidade, atingindo um crescimento mental por integração de simples conceitos em conceitos de nível mais elevado ao longo de estádios.

Piaget traçou então, quatro estágios nesse desenvolvimento: o estágio sensório-motor (fase simbólica), o estágio pré-operatório(a criança já é capaz de representar as suas vivências e a sua realidade, através de diferentes significantes como o jogo, desenho, imagem, pensamento e linguagem) , o estágio operatório concreto (a criança começa a ver o mundo com mais realismo, deixam de confundir o real com a fantasia. É neste estádio que a criança adquire a capacidade de realizar operações) e o estágio operatório formal (a criança realiza raciocínios abstratos, não recorrendo ao contacto com a realidade. A criança deixa o domínio do concreto para passar às representações abstratas).

Análise dos Projetos de Aprendizagem

Este feriadão foi muito bom para organizar o material das interdisciplinas. Consegui participar mais ativamente da análise do nosso PA "Música" do que na construção do mesmo no ano passado.

A partir dos aspectos negativos e positivos relatados por nossos colegas conseguimos analisar melhor nosso PA, verificando o que poderíamos melhorar na construção do nosso projeto de aprendizagem.

Fazendo uma auto-avaliação nesta atividade em grupo, fico mais feliz com minha participação, que fico muito a desejar no ano passado. Mas sei que posso melhorar e acrescentar ainda nas atividades em grupo.

Oi pessoal! O Fórum da Interdisciplina Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais está muito bom, estamos debatendo sobre a lei que garante a inclusão nas escolas, mas não dá o apoio pedagógico necessário. Relatei sobre duas experiências com alunos com necessidades especiais, a primeira foi há 10 anos atrás com uma menina que enxergava muito pouco e por isso não copia do quadro. Eu preparava as aulas para ela com uma letra bem grande em uma folha separada, foi tranquilo, apesar de ter que preparar duas aulas diferenciadas. E neste ano na SEJA tenho uma aluna cadeirante com 21 anos, a escola também não está preparada e quando temos aula de computação(fica no andar de cima) temos que levá-la no colo. No início ela não vinha a aula no dia da computação, depois de conversarmos e os colegas incentivarem ela começou a participar. Adorou a primeira aula e agora não falta mais.Estou tentando incluí-la na AACD, que está com um projeto com a secretaria de Educação de apoio a estes alunos. Abraço!

Trabalho de Filosofia

Hoje à tarde pelo Skype eu e minhas colegas Izolete, Iliana e Ivana nos encontramos para fazer o trabalho de Filosofia onde tinhamos que escrever argumentos para defender o posicionamento do antropólogo Claude Lee. Depois de conversarmos, concluímos que o antropólogo não estava ali para mudar a cultura daquele povo, pois para ele era regra básica em suas pesquisas agir assim, por isso se manteve imparcial, mantendo também uma atitude ética em respeito aos princípios da antropologia. Também sabia que não tinha poder para tanto, pois ele tinha consciência de que era apenas um humano e não um deus branco. A Ivana foi eleita a relatora do nosso grupo.

Gostei muito de partilhar e trocar com as minhas colegas. Abraços!!!

Início do Semestre

No dia 18/03 iniciamos nossas atividades e já deu para ver que este semestre terei que me empenhar muito mais, pois será mais cobrado e exigido.Estou organizando-me para manter todas as atividades em dia.

A primeira aula presencial do 6º semestre foi muito boa, pois com a presença das professoras Íris e Bea esclarecemos algumas dúvidas, matamos as saudades dos colegas e apreciamos o excelente trabalho dos Projetos de Aprendizagem de alguns colegas, que demonstraram muita determinação, empenho e união nos grupos.

Quanto as postagens do Blog já me organizei de todo sábado colocar uma postagem nova. E as atividades já estou realizando.

Bom trabalho a todos!

Férias acabando....

...E mais um ano iniciando, agora com as baterias recarregadas e com força para trabalhar e estudar. Este ano pretendo ter uma maior organização na questão do tempo principalmente no PEAD. O ano passado atrapalhei-me, e deixei a desejar em alguns trabalhos. Foi pesado o ano passado, mas este quero que seja diferente.

Quero desejar a todos um ano cheio de descobertas, união e estudo. Pessoal, estamos chegando perto da formatura. já podemos dizer: "É no ano que vem!"

Abraços!!!